Cat Stevens - On The Road To Find Out
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Reflexos
Vitimas aclamadas
de sensação lesadas:
Ah coitadas!
De carga emocional,
de pressão no alívio;
Que pena, isso estar contigo!
O espelho que reflete
não o reflexo
mas a dúvida da imagem refletida!
A negação na auto desculpabilização
da negação do nosso próprio reflexo.
Imaginação? Pois bem!
Talvez rejeição da aceitação
no desenvolver empatias para, perdoar
as emoções negativas a seu favor: frustração!
Ah se achasse uma lâmpada mágica
e pudesse fazer um pedido,
faria: retirar da face da terra o orgulho
da devoração da nossa alimentação,
no querer, ter sempre razão!
Odeia errar?
Preso nas suas convicções,
produzindo energia
que alimenta o orgulho
e, anula o comando.
Maravilhas do cérebro
com raiva de si mesmo;
Rigoroso, banal, montanhas em pequenos montes
sentenças sem julgamento.
A culpa fraca e perdedora,
sem prazer na vitória,
de choro fácil na ausência de análise
do reflexo, do nosso espelho!
O sentido da carência
do vazio do oceano seco
do sufoco do peito
da falta de humildade,
que transborda, a falta de carinhos
do vazio interior existente!
De buracos nos anseios
e diminuição completa;
Responsabilidades alheias
na total ausência do reflexo
do nosso espelho.
Tal qual, olhando
para um quadro de Picaso
e dizermos: mas eu não sou recto!
Vítima, culpa, orgulho, rejeição ou carência,
de sensação lesadas:
Ah coitadas!
De carga emocional,
de pressão no alívio;
Que pena, isso estar contigo!
Paulo Brites
David Mourão-Ferreira, Ternura
Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!