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As Imagens da Minha Objectiva

As Imagens da Minha Objectiva

30 de Maio, 2021

Uma fotografia e uma moda alentejana - parte XIX - Trago Alentejo na Voz

Paulo Brites

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António Zambujo e Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento - Trago Alentejo na Voz

 

Trago Alentejo na voz
Do cantar dá minha gente
Ai rios de todos nós
Que te perdes na corrente
Ai rios de todos nós
Que te perdes na corrente

Ai planícies sonhadas
Ai sentir de olivais
Ai ventos na madrugada
Que me transcendem demais
Ai ventos na madrugada
Que me transcendem demais

Amigos, amigos
Papoilas no trigo
Só lá eu as tenho

E de braço dado contigo a meu lado
É de lá que eu venho
E de braço dado
Cantando ao amor
Guardamos o gado, papoilas em flor
Que o vento num brado
Refresca o calor
E de braço dado, contigo a meu lado
Cantamos o amor
Ai rebanhos de saudades
Que deixei naqueles montes
Ai pastores de ansiedade
Bebendo água nas fontes

Ai pastores de ansiedade
Bebendo água nas fontes
Ai sede das tardes quentes
Ai lembrança que me alcança
Ai terra prenhe de gente
Nós olhos duma criança
Ai terra prenhe de gente
Nós olhos duma criança

Amigos, amigos
Papoilas no trigo
Só lá eu as tenho

E de braço dado contigo a meu lado
É de lá que eu venho
E de braço dado
Cantando ao amor
Guardamos o gado, papoilas em flor

Que o vento num brado
Refresca o calor
E de braço dado, contigo a meu lado
Cantamos o amor

E de braço dado
Cantando o amor
Guardamos o gado, papoilas em flor

Que o vento num brado
Refresca o calor
E de braço dado, contigo a meu lado
Cantamos amor

José Luís Gordo

 

 

 

29 de Maio, 2021

Uma música e uma fotografia - parte CCCXVII - John Lennon

Paulo Brites

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John Lennon - Stand by Me

 

When the night has come
And the land is dark
And the moon is the only light we'll see
No, I won't be afraid, no, I won't be afraid
Just as long as you stand, stand by me
And, darling, darling stand by me, oh now now
Stand by me
Stand by me, stand by me

If the sky that we look upon
Should tumble and fall
And the mountains should crumble to the sea
I won't cry, I won't cry, no, I won't shed a tear
Just as long as you stand, stand by me

And, darlin', darlin', stand by me, oh stand by me
Stand by me, stand by me, stand by me-e, yeah
Whenever you're in trouble won't you stand by me?
Oh, now, now, stand by me
Oh, stand by me, stand by me, stand by me
Darlin', darlin', stand by me-e, stand by me
Oh, stand by me, stand by me, stand by me

 

 

 

28 de Maio, 2021

Uma música e uma fotografia - parte CCCXVI - Oswaldo Montenegro

Paulo Brites

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Oswaldo Montenegro - A Lista

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantos defeitos sanados com o tempo eram o melhor que havia em você
Quantas canções que você não cantava, hoje assobia pra sobreviver
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você
Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você

 

 

28 de Maio, 2021

Um poema e uma fotografia - parte LXIX - Luís Filipe Marcão

Paulo Brites

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TELAS DE PAZ EM MOLDURA LIVRE

Este verso a flutuar no grito
deste sangue coragem,boca, veia.
E o rio de Pessoa, pasmo aflito
a sacudir-se aos pés da aldeia.

A paz do beiral manchando o céu,
a urze, a sombra longe do rosto,
giestas que cobrem a terra, véu
é este chão ávido de sol-posto.

A enxada sempre junto ao ombro,
o passo vertical aos trilhos,
o sonho, a realidade, o escombro.
Paz! Um homem a mulher e os filhos

sentados em comum na rude ceia
da vida que repartem com suor.
...E o destino não passa de uma teia
tecida em paz com laços de amor.


in "Mísseis da paz" 1986 Luís Filipe Marcão Europress

 

 

19 de Maio, 2021

SE EU FOSSE DEUS - João Monge

Paulo Brites

 

SE EU FOSSE DEUS

se eu fosse deus
criava um deus que falhasse,
um tipo de óculos como eu
em quem eu acreditasse
sem ter de cruzar os dedos.
alguém que fosse reflexo
do que o meu peito espelhasse
na montra dos meus segredos

se eu fosse deus
duvidava mais de mim.
punha um panamá e uns calções
e vagueava no jardim
onde vagueiam multidões
escutava o que diziam
com tremoços e balões
o que o filho diz à mãe
o que a mãe lhe diz por fim…
e quando não se entendiam
duvidava mais de mim

se eu fosse deus
nunca teria criado o bicho da maçã
mantinha o pecado intacto
para contrastar o facto
com o raiar da manhã.

mas isto sou eu a pensar…

no que faria em seu lugar.

João Monge

 

 

19 de Maio, 2021

Ticket to Heaven

Paulo Brites

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Ticket to Heaven - Dire Straits

I can see what you're looking to find
In the smile on my face
In my peace of mind
In my state of grace
I send what I can
To the man from the ministry
He's a part of heaven's plan
And he talks to me

Now I send what I can to the man
With the diamond ring
He's a part of heaven's plan
And he sure can sing
Now it's all I can afford
But the Lord has sent me eternity
It's to save the little children
In a poor country

I got my ticket to heaven
And everlasting life
I got a ride all the way to paradise
I got my ticket to heaven
And everlasting life
All the way to paradise

Now there's nothing left for luxuries
Nothing left to pay my heating bill
But the good Lord will provide
I know he will
So send what you can
To the man with the diamond ring
They're tuning in across the land
To hear him sing

I got my ticket to heaven
And everlasting life
Got a ride all the way to paradise
I got my ticket to heaven
And everlasting life
All the way to Paradise


Ticket to Heaven - Dire Straits

 

 

 

18 de Maio, 2021

Uma fotografia e uma moda alentejana - parte XVIII - Mário Moita - Não misturem Flores

Paulo Brites

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Mário Moita - Não misturem Flores

Não misturem Flores, que elas não se dão
Morrem de tristeza e acabam no chão.
Flores da cidade com as do campo, não!
Não misturem flores, que elas não se dão,
Não misturem flores que elas não se dão.

Não misturem rosas com cravos nem lírios,
Ao misturá-las só causam martírios.
Flores da cidade com as do campo não!
Não misturem flores que elas não se dão,
Não misturem flores que elas não se dão.

Flores da cidade, não querem geadas
Ao conforto do lar, estão habituadas.
Flores da cidade, com as do campo não!
Não misturem flores que elas não se dão,
Não misturem flores que elas não se dão.

Flores do campo, não querem janelas
Estão habituadas a viver sem elas.
Flores da cidade com as do campo não!
Não misturem flores que elas não se dão,
Não misturem flores que elas não se dão.

Mário Moita

 

 

18 de Maio, 2021

Anjo da Guarda

Paulo Brites

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Pedro Abrunhosa e Cristina Massena - Anjo da Guarda

Um homem contou-me
Que da montanha
Se toca o céu,
Que se encontrou ao subi-la
Mas ao descê-la
Se perdeu.
Viu rastos de cobra
E pegadas de leão:
"Esta vida não sobra
Quando se olha só para o chão!"

E tentou fugir do trilho,
Beijou o tempo como a um filho,
Acordou numa alvorada,
Já sem nada pr'a esconder
E então falou assim:

"Se houver
Um Anjo da Guarda
Que me abrace
E se guarde dentro de mim,
É tão só estar só no fim".

Outro homem contou-me
Que da cidade
Se vê o mundo,
Que é tão doce o desejo,
Que nenhum beijo
É profundo.
Viu escadas de ouro
E telhados de rubi,
Pensou que o maior tesouro
É cada qual saber de si.

E tentou fugir da sombra,
Dizer à luz que não se esconda,
Correu as ruas, uma a uma,
Já sem nada pr'a perder
E então gritou assim:

"Se houver
Um Anjo da Guarda,
Que me abrace
E se guarde dentro de mim,
É tão só estar só no fim".

"Se houver
Um Anjo da Guarda,
Que me abrace
E se guarde dentro de mim,
Porque é tão só estar só no fim.

"Se houver
Um Anjo da Guarda,
Que me abrace
E se guarde dentro de mim,
É tão só estar só no fim".
Porque é tão só estar só no fim.

Pedro Abrunhosa

 

 

17 de Maio, 2021

Uma música e uma fotografia - parte CCCXIII - Miguel Araújo

Paulo Brites

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Miguel Araújo - Talvez se eu Dançasse

Eu tenho uma noção de mim
Perfeita noção de mim
Tenho-me sempre à espreita
Sob escuta atenta, é uma luta, eu sei
Tenho bem noção de mim

Que tenho essa noção de mim
Estreita noção de mim
Debaixo de olho alerta, atento
Bem ciente do espelho, eu sei
Tenho essa noção de mim

Talvez se alguém me jurasse
Que talvez ninguém soubesse
Talvez até te convencesse, até te convencesse

Talvez se eu dançasse
Como se ninguém me visse
Como se ninguém medisse os meus passos

Talvez se eu cantasse
Como se ninguém me ouvisse
Como se ninguém contasse os compassos

Eu tenho uma visão de mim
Sempre em supervisão de mim
Autoconsciência armou o alarme
E dar-me, eu já nem sei
Eu tenho essa visão de mim

Eu tenho uma visão de mim
Uma mais alta versão de mim
Em que sou leve e o que me leva
A vida inteira, inteiro até
Uma mais alta versão de mim

Talvez se alguém me jurasse
Que talvez ninguém soubesse
Talvez até te convencesse, até te convencesse

Talvez se eu dançasse
Como se ninguém me visse
Como se ninguém medisse os meus passos

Talvez se eu cantasse
Como se ninguém me ouvisse
Como se ninguém contasse os compassos

Talvez se eu dançasse
Como se ninguém me visse
Como se ninguém medisse os meus passos

Talvez se eu cantasse
Como se ninguém me ouvisse
Como se ninguém contasse os compassos

Compositor: Miguel Jorge

 

 

17 de Maio, 2021

Um poema e uma fotografia - parte LXVII - Paulo Brites

Paulo Brites

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ACASO

Na suposição do que é possível
no acto da ocasião imprevista
da teoria de uma suposição,
não demonstrável, mas desejada.
Para o efeito da conjuntura
da expressão, ousada.

Casualmente, talvez!
Felicidade, destino, acaso.
À ventura do risco e perigo
sem a reflexão necessária
porventura quiçá, inopinadamente,
desejada eternamente.

Concurso de circunstâncias
da felicidade eterna à bem-aventurança
vai uma pouca distância!
Dura mais que o devido
neste estado, desmedido.

À toa, com um reboque à proa,
sem reflexão nem tino!
Falta de firmeza ou de solidez?
Inconstância, incerteza, infixidez.

Paulo Brites

 

 

16 de Maio, 2021

Uma música e uma fotografia - parte CCCXII - Jorge Palma

Paulo Brites

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Jorge Palma - Só

Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar

Só por ter dois sóis
Só por hesitar
Fiz a cama na encruzilhada
E chamei casa a esse lugar

E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não têm chão
E as mãos perdem a razão

Só por inventar
Só por destruir
Tenho as chaves do céu e do inferno
E deixo o tempo decidir

E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não têm chão
E as mãos perdem a razão

Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar
Eu sei que nenhuma vai ganhar

Jorge Palma

 

 

16 de Maio, 2021

Um Por do Sol, um Passado, um Presente e um Futuro

Paulo Brites

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É sempre mau quando o passado interfere no nosso presente e, não nos deixa viver o futuro. Seguir em frente é necessário. Como tal, inevitavelmente, terá que se deixar algumas coisas para trás.


Utilizando uma frase da Graça Aguiar (*) “Podemos escolher não fazer nada para mudar. Mas isso não significa que a vida escolha igual”, portanto, é sempre melhor, seres tu a controlar a mudança. Do que, fazer com que ela aconteça aos poucos e, fique ao sabor da vida. E mais importante, nunca se poderá condicionar, o presente e o futuro, por um passado que já sabemos que não tem futuro. Isso é o pior inimigo da mudança!


Olho para esta imagem e sei que nunca mais irei conseguir ver novamente este por do sol. O mais que poderá acontecer, será, algum momento semelhante. Mas nunca mais será com as mesmas nuvens. É esse o poder da fotografia! Registar para memórias futuras o que já passou e, nunca chorar, nem mesmo ignorar, que se o desejar voltar a ver e sentir (esse por do sol), será uma total perda de tempo. Irá interferir no meu presente e anular o meu futuro. Porque se choro com saudades (por este por do sol), as lágrimas, irão impedir que vejo o nascer do dia. E por consequência, irão também, impedir de ver o próximo por do sol!

Podemos escolher não fazer nada para mudar. Mas isso não significa que a vida escolha igual.” (*) Essa mudança é nossa. Quando não existe vontade para mudar, talvez, a vida, num futuro próximo, se encarregue de nos dizer e fazer sentir que erramos! Por isso muda! É das poucas coisas que podemos controlar nesta vida!

 

 

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